domingo, 7 de fevereiro de 2010

A ÍNTIMA INTUIÇÃO DE DEUS

Todas as pessoas de qualquer lugar têm uma profunda intuição íntima de que Deus existe. Isto é comprovado pelas palavras do profeta Isaías (44.14-18).
Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores do bosque; planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. Tais árvores servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira se aquenta e coze o pão; e também faz um deus e se prostra diante dele, esculpe uma imagem e se ajoelha diante dela. (...) Então, (...) faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus.

Isso tudo porque o homem é altamente religioso e, tem em si a íntima intuição de Deus.
Paulo diz que os homens descrentes têm conhecimento de Deus, más não o honram como Deus e nem lhe são gratos (Rm. 1.21).
Porque eles “mudaram a verdade de Deus em mentira” (Rm. 1.25), dando a entender que ativa ou obstinadamente rejeitaram alguma verdade sobre a existência e o caráter de Deus que já conheciam.
Pois Paulo diz: “o que de Deus se pode conhecer é manifesto a eles” (Rm. 1.19). Isto é o que nos revela o Salmo 19:1-4.
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa há outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.

Com tudo as escrituras também reconhecem que algumas pessoas negam essa intuição intima de Deus e que chegam a negar a existência de Deus. Ela diz: “é o insensato que diz em seu coração: não há Deus” (Sl. 14.1; 53.1). E é o perverso que primeiro “maldiz o Senhor e blasfema contra ele” e depois, com orgulho, repetidamente pondera “que não há Deus” (Sl. 10.3-4).

Portanto, estes textos mostram o quanto há uma intuição intima de Deus no homem.
Surgi então à necessidade de apresentarmos um breve resumo do argumento de Descartes, que tem alguma semelhança com o argumento ontológico, ele diz:
1. Temos idéias sobre coisas.
2. Essas idéias necessariamente têm de surgir de nós ou partir de coisas externas a nós.
3. Uma das idéias que temos é sobre Deus – ser infinito e totalmente perfeito.
4. Essa idéia não pode ter sido produzida por nós mesmos, pois temos consciência de que somos limitados e imperfeitos, e nenhum efeito pode ser maior do que sua causa.
5. Portanto, essa idéia tem de ter sido produzida por algo externo a nós, que possua as mesmas qualidades de Deus.
6. Mas apenas o próprio Deus tem essas qualidades.
7. Portanto, o próprio Deus tem de ser a causa da idéia que temos a respeito Dele.
8. Logo, Deus existe.
Paulo também reconhece que o pecado faz as pessoas negarem seu conhecimento de Deus ou as que buscam os seus próprios deuses, ele diz que essas pessoas “detêm a verdade pela injustiça” (Rm. 1.18). Isaías confirma este pensamento no Cap. 44.9,12, 13. Quando diz:

Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos.
O ferreiro faz o machado, trabalha nas brasas, forma um ídolo a martelo e forja-o com a força do seu braço; (...) O artífice em madeira estende o cordel e, com o lápis, esboça uma imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e faz à semelhança e beleza de um homem, que possa morar em uma casa.

Então Paulo afirma, que os que assim agem são “indesculpáveis” pela negação de Deus (Rm. 1.20).

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