segunda-feira, 19 de agosto de 2013

APEGANDO-SE AS VERDADES DO EVANGELHO

Mensagem em Hebreus 2.1-4.

Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade.


TEMA: APEGANDO-SE AS VERDADES DO EVANGELHO

INTRODUÇÃO

A palavra “APERGAR-SE” biblicamente tem três significados:

I. Ligar-se com alguém por laços de apreciação e afeição {Rt 1.14}.
II. Dedicar-se {Rm 12.9}.
III. Agarrar-se {Jó 27.6}.

“Por esta razão” (v.1a). Ou melhor, dizendo, por estas razões é melhor que nos liguemos dedicadamente a Cristo, agarrando-se em suas verdades.
As razões das quais o autor esta falando referem-se ao que ele havia acabado de afirmar a respeito de Cristo e dos anjos. São elas:

I. Deus falou aos antepassados por meio dos profetas (Hb 1.1)
a. Muitas vezes (1.1a)
b. E de muitas maneiras (1.1b)

II. Hoje, Deus nos fala através de Seu filho (1.2a)
a. A quem Ele constituiu herdeiro de todas as coisas (1.2b)
b. Por meio de quem fez o universo (1.2c; 2.10)

III. Pois, o Filho de Deus é...
i. O resplendor da glória de Deus (1.3a)
ii. A expressão exata do Ser de Deus (1.3b)

IV. Porque o Filho de Deus...
a. Sustenta todas as coisas através de Sua palavra poderosa (1.3c)
b. Realiza a purificação dos nossos pecados (1.3d)
c. Assenta-se à direita da Majestade celestial (1.3e)
d. Tornou-se superior aos anjos (1.4a)
e. Herdou um nome mais excelente que os anjos (1.4b)

V. Foi a Cristo a quem Deus...
a. Chamou de Filho (1.5b)
b. Declarou que era Seu Pai (1.5b)
c. Ordenou que os anjos O adorassem (1.6)

VI. Ao Filho pertencem:
a. O Trono eterno (1.8a)
b. O cetro da equidade (1.8b)
c. O amor à justiça (1.9a)
d. Ódio pela iniquidade (1.9b)

VII. O Filho agora está:
a. Sentado à direita do Pai (1.13a)
b. Aguardando a derrota dos Seus inimigos (1.13b)

VIII. Os anjos são...
a. Espíritos ministradores (1.14a)
b. Enviados para servir os herdeiros da salvação (1.14b)

IX. Os anjos...
a. Foram criados pelo Filho de Deus (1.10, 2c)
b. Por isso, adoram o Filho de Deus (1.6)
c. Servem aos propósitos do Filho do Filho de Deus (1.7)

X. Metaforicamente, os anjos podem...
a. Perecer (1.11a)
b. Envelhecer (1.11c)
c. Serem trocados (1.12)

Desta maneira, “Importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas...” (v.1b).
O autor deixa claro que é de fundamental importância valorizar as verdades que, tanto ele, quanto os leitores haviam ouvido. A advertência continua com uma recomendação: “para que jamais nos desviemos”. Pois, se a palavra que fora antes anunciado por meio dos anjos, como eles acreditavam, se tornou firme, isto é, verdadeira, sendo punidos com a morte todos aqueles que a transgredissem ou desobedecessem. Como eles poderiam escapar da ira vindoura se negligenciassem “tão grande salvação?” (v.3). Salvação esta que foi “anunciada inicialmente pelo Senhor” e que depois foi confirmada pelos apóstolos e seguidores de Cristo. Que deu o Seu testemunho através dos sinais, dos prodígios e dos vários milagres que eles realizaram e, como se isso não bastasse, distribuiu vários dons entre os irmãos de acordo com a Sua vontade para edificação do Seu povo.
Desta maneira, o autor conseguiu exortar os irmãos a permanecerem firmes na fé evangélica. Ele tratou de trazer a memória tudo o que eles haviam visto e ouvido iniciado através do Senhor Jesus.

Quais foram as verdades que eles ouviram?

I. Que todo aquele que invocasse o nome do Senhor seria salvo (At 2.21; Jo 3.16-18)
A. Porque Deus havia cumprido a Sua promessa feita por intermédio do profeta Joel (At 2.17-21; Jl 2.28-32; At 2.1-13)
B. Porque Deus realizou através de Jesus:
a. Milagres (At 2.22a): Fatos ou acontecimentos fora do comum, que Deus realiza para confirmar o seu poder, o seu amor e a sua mensagem. No AT estão registrados 67 milagres e no NT estão registrados 36 milagres realizados por Jesus e 20 milagres realizados pelos apóstolos.
b. Prodígios (At 2.22b): Algo realizado por Deus que é considerado pelos homens uma maravilha (veja Êx 3.3; Mt 21.15; Mc 6.2)
c. E Sinais (At 2.22b): Milagres que mostram o poder de Deus
C. Porque Deus o ressuscitou dos mortos (At 2.23, 24)
D. E fez dEle, Senhor e Cristo (At 2.36)

Qual o propósito de relembrar essas verdades?

I. Para que eles não se desviassem delas (Hb 2.1)
a. Porque a transgressão traria sobre si o justo castigo (Hb 2.2; Rm 6.23a)
b. Não haveria escapatória para quem se desviasse (Hb 2.3; Mt 11.2-24; Mt 23.13-36; Mt 25.31-33, 40-41)

Qual a recompensa para os que creram nessas verdades?

I. Saber que elas foram, anteriormente, anunciadas pelos profetas (Hb 1.1 Mt 3.1-3)
II. Saber que elas foram, posteriormente, anunciadas por Jesus (Hb 1.2a; Mc 1.14, 15)
III. Saber que elas foram confirmadas pelos que a ouviram (Hb 2.3b)
IV. Saber que o próprio Deus deu testemunho dessas verdades através de:
a. Sinais: Milagres que mostram o poder de Deus
b. Prodígios: Algo realizado por Deus que é considerado pelos homens uma maravilha
c. Vários milagres: Fatos ou acontecimentos fora do comum, que Deus realiza para confirmar o seu poder, o seu amor e a sua mensagem. (Cf Mc 16.15-18)
d. E por distribuição do Espírito Santo (Hb 2.4; I Co 12.1-11)

Por que devemos crer no evangelho?

I. Porque ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16;Mc 1614-15)
II. Porque é através dele que a justiça de Deus se revela (Rm 1.17a)
III. Porque a vida eterna vem através da fé no evangelho do Senhor (Rm 1.17b; Rm 10.17)


Conclusão

Tudo isto aconteceu segundo a vontade de Deus, “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2.7). Portanto, não negligenciemos também estas verdades, que a nós nos tem sido anunciadas através da pregação da Palavra de Deus.

A supremacia de Cristo: Cristo é Superior aos anjos Hb 1.1-14

Alvo desta Mensagem

I. Levá-los a entender que Jesus é superior aos anjos e que eles são mensageiros de Deus;
II. Fazê-los reconhecer que Jesus é o perfeito Filho de Deus e único Mediador entre Deus e os homens;
III. Conscientiza-los para adorar e orar somente a Deus e a Cristo, jamais aos anjos.

Introdução

No v. 4 o apóstolo falou da superioridade do Filho de Deus sobre os anjos, a qual distingue a Jesus Cristo. Ele alicerça essa afirmação sobre o testemunho dos escritos do AT. Aqui ele já vê prefigurado aquilo que ele, como emissário do evangelho, tem de anunciar. No presente bloco ele arrola uma série de textos do AT em três rodadas de argumentação, a fim de sedimentar sua afirmação teológica sobre o Filho de Deus. (LAUBACH 2000 P. 21)

Por que Cristo é superior aos anjos?

1. Porque antes, Deus falava através dos profetas (Hb 1.1)
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas...”

2. Hoje, Deus fala através do Seu Filho (Hb 1.2)
“...nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...”

Quem é o Filho de Deus? (Hb 1.2-3)

1. Ele é o herdeiro de todas as coisas v.2
2. Ele é criador do universo v.2
3. Ele é o resplendor da glória de Deus v.3
4. Ele é a expressão exata do ser de Deus v.3
5. Ele sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder v.3
6. Ele faz a purificação dos pecados v.3
7. Ele está assentado à direita da Majestade nas alturas v.3

Por estes motivos, “Ele se tornou tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles” v.4

Por que Cristo é superior aos anjos?

A. Porque Ele é o Primogênito
No AT o Primogênito tinha a supremacia entre seus irmãos. Ele era o filho amado, a ele competia a dupla parte da herança (Dt 21.17). Ele governava na família, os irmãos mais novos eram sujeitos a ele.
Aplicação: Também Jesus Cristo, como o Primogênito (Lc 2.7), é o Filho amado (Mc 1.11). É assim que o próprio Senhor afirma na parábola da vinha: “Restava-lhe ainda um, seu filho amado; a este lhes enviou, por fim” (Mc 12.6). Cristo é aquele que é amado incomparavelmente por Deus, ao qual foi entregue o governo do mundo. Por isso ele não é apenas o “Rei de Israel” (Jo 1.49), mas a ele estarão sujeitos todos os reis e governantes da terra (Ap 19.16).
Ao lado desse Primogênito, o Filho de Deus, o Pai coloca a “igreja dos primogênitos” (Hb 12.23), pessoas que receberam o “espírito de adoção” (Rm 8.15), uma multidão de irmãos que no seu ser foram feitos iguais, entre os quais Cristo é o Primogênito (Rm 8.29). O Primogênito é o amado e eleito, que foi chamado à soberania. Da mesma forma, a igreja dos primogênitos, a igreja de Jesus, é uma multidão de amados e eleitos, que será participante da soberania do Filho (Ap 20.6; 22.5). O Primogênito detém o ministério celestial de Rei e Sacerdote. De forma análoga também os membros da igreja dos primogênitos foram feitos por Deus reis e sacerdotes (Ap 1.5,6; 5.10). A unidade do Primogênito com a igreja dos primogênitos expressa-se de modo perfeito no fato de que a unidade de reinado e sacerdócio, profetizada no AT (Zc 6.13) é cumprida em Cristo e alcança o encerramento na comunidade aperfeiçoada e glorificada (cf. também a conexão de Sl 110.1,4).

B. Porque os anjos são entes que O adoram.

Os anjos glorificam diretamente a Deus
Os Anjos glorificam a Deus assim como os seres humanos:
I. Eles glorificam a Deus pelo que ele é em si e, pela Sua Excelência (Sl 103. 20; Cf 148. 2)
II. Os serafins continuamente louvam a Deus pela Sua santidade (Is 6.2-3)
III. Eles também glorificam a Deus pelo Seu grandioso plano de Salvação (Lc 2.14)
IV. Eles se alegram quando um pecador se arrepende (Lc 15. 10)
V. Eles contemplam a Jesus (1 Tm 3.16)


C. Os anjos são seres inferiores ou seres criados v.7
Quando os anjos foram criados?

Gn 2.1 “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército”.

1. DIFERENTEMENTE DE DEUS, OS ANJOS SÃO SERES CRIADOS .
Às vezes tem sido negada a criação dos anjos, mas ela é ensinada com clareza nas Escrituras.
Sl 33.6: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles.”
Ne 9.6: “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora.”
Sl 148. 2, 5: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas legiões celestes. [...] Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram criados. “
Cl 1: 16: “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.”

Portanto, os anjos foram criados provavelmente entre o primeiro e o sexto dia da criação, pois, “em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Êx 20.11)(GEISLER 2010)

2) Os anjos são servos, tal como os ventos e o fogo.

Os anjos executam alguns dos desígnios de Deus
As Escrituras retratam os anjos como servos de Deus que executam alguns dos seus desígnios na terra.

I. Eles levam as mensagens de Deus às pessoas (Lc 1. 11-19; At 8. 26; 10. 3-8, 22; 27. 23, 24)
II. Eles executam alguns dos juízos de Deus:
a. Eles semearam uma peste em Israel (2 Sm 24.16-17)
b. Eles castigaram os líderes do exército assírio (2 Cr 32.21)
c. Eles feriram de morte o rei Herodes por não ter ele rendido glória a Deus (At 12.23)
d. Eles patrulham a terra como representantes de Deus (Zc 1.10-11)
e. Eles guerreiam contra as forças demoníacas (Dn 10.13; Ap 12. 7-8)
f. Eles derramarão as taças da ira de Deus sobre a terra (Ap 16.1)
III. Quando Cristo voltar, os anjos o ladearão como um grande exército acompanhando seu Rei e Senhor (Mt 16.27; Lc 9.26; 2 Ts 1.7)
IV. Um anjo irá segurar o dragão e o prenderá por mil anos (Ap 20. 1-3)
V. Um arcanjo irá proclamar a vinda de Cristo (1 Ts 4.16. Cf Ap 18. 1-2, 21; 19. 17-18) (GEISLER 2010)


CONCLUSÃO

Por que o autor de Hebreus necessitou demostrar que Jesus era maior que os anjos?
O fato de que cria importante fazer isto, mostra o lugar que a crença nos anjos ocupava no pensamento judeu da época, crença que na época aumentava. Isso se devia à impressão que causava nos homens o que se chama a transcendência divina. Cada vez se sentia com mais intensidade a distância e a diferença entre Deus e os homens. Sentiam que Deus se afastava cada vez mais, fazendo-se cada vez mais incognoscível e inacessível. O resultado era que tinham chegado a pensar nos anjos como intermediários entre Deus e o homem. Tinham começado a sentir que Deus estava tão afastado que não podia falar diretamente com o homem e vice-versa; e assim tinham começado a pensar nos anjos como pontes entre Deus e os homens... (Barclay P. 20)

A crença dos judeus em relação aos anjos:

I. Eles acreditavam que Deus falava aos homens por intermédio dos anjos. E que estes por sua vez levavam as orações dos homens a Deus.
II. Na época do Novo Testamento os judeus criam que Deus tinha entregue a Lei aos anjos e estes por sua vez a Moisés, porque já não era admissível uma comunicação direta entre Deus e os homens (Atos 7:53; Gálatas 3:19).
III. Havia milhões e milhões de anjos.
A. Anjos da presença (os arcanjos) eram sete e tinham nomes.
Entre os mais importantes menciona-se Rafael, Uriel, Fanuel, Gabriel (aquele que transmitia as mensagens de Deus aos homens) e Miguel (que regia os destinos de Israel).
IV. A função dos anjos era variada:
A. Trazer mensagens divinas aos homens para entregá-las e desaparecer imediatamente (Juízes 13:26)
B. Intervir em nome de Deus nos acontecimentos da história (2 Reis 19:35-36).
V. Duzentos anjos controlavam o movimento das estrelas e as mantinham em seus cursos.
VI. Um anjo controlava a interminável sucessão dos anos, dos meses e dos dias.
VII. Um anjo poderoso que controlava o mar.
VIII. Havia anjos da geada, do orvalho, da chuva, da neve, do granizo, do trovão e do raio.
IX. Havia anjos guardiães do inferno e torturantes dos condenados.
X. Os anjos escribas registravam num livro cada palavra proferida pelo mortal.
XI. Havia os anjos destruidores e punidores.
XII. Satanás era o anjo fiscal que durante 364 dias — à exceção do dia da expiação ou do perdão — contínua e assiduamente apresentava perante Deus acusações contra os homens.
XIII. O anjo da morte cumpria só por ordem de Deus um dever inexorável para com justos e pecadores.
XIV. Cada nação tinha à sua frente um anjo guardião que possuía a prostasia, quer dizer, o lugar de preeminência.
XV. Cada pessoa tinha seu anjo guardião, até os meninos (Mateus 18:10).

Com uma angelologia tão desenvolvida existia sim, o perigo real de que, na crença popular, se fizesse necessário haver anjos mediadores entre Deus e os homens. Portanto, nestas circunstâncias era necessário demonstrar que o Filho era muito superior a eles e que quem conhecia o Filho não necessitava de nenhum anjo mediador. (BARCLAY)

A Supremacia de Cristo.

Alvo desta Mensagem

Fornecer: Um pano de fundo da carta aos Hebreus e sua mensagem principal, identificando como Deus falou e tem falado;
Demonstrar: que Jesus é a essência da revelação cristã e fazer com que percebamos, que hoje, Deus nos fala através da pessoa de Cristo, da Palavra e da igreja;
Levar você: A aceitar a superioridade inquestionável de Jesus e adorá-Lo por quem Ele é e pela obra que realizou e ainda realiza em nós.

Introdução

Esta primeira mensagem nos abre a cortina, ou seja, ela nos apresenta o cenário e o contexto histórico da carta aos Hebreus, ela também responde cinco perguntas básicas sobre a carta. E revela por que Jesus Cristo é superior a tudo e a todos, incluindo homens e anjos.

Contexto Histórico:

“O cristianismo era praticado por judeus. Jesus era judeu, Seus discípulos eram judeus, e judeus eram os primeiros convertidos. Suas primeiras reuniões realizaram-se em sinagogas, e suas primeiras controvérsias referiam-se a leis judaicas. Os primeiros críticos consideravam o cristianismo uma seita. Todavia, para os primeiros cristãos crer em Cristo levantava muitas questões. E quanto ao templo e ao sacrifício de animais? E quanto a Moisés? Os cristãos deveriam negar tudo aquilo em que haviam crescido e acreditado? Era suficiente confiar apenas em Cristo?
O Antigo Testamento não respondia a essas perguntas. Portanto, os que viviam na época que o livro foi escrito precisavam de respostas imediatas. Pois, a tolerância logo daria lugar a tortura e execuções. [...] Crer em Cristo se tornaria uma questão de vida ou morte, e para os judeus cristãos seria irresistível a tentação de voltar à sua antiga vida, a não ser que pudessem ter a certeza de que haviam feito a escolha certa.” (RADMACHER; ALLEN E HOUSE 2010, P 635)

O duplo contexto cultural da carta aos Hebreus

I. O contexto cultural grego

O autor de Hebreus tinha em mente um duplo pano de fundo, e desses dois panos de fundo procediam suas idéias. Um pano de fundo de pensamento grego. Desde o tempo de Platão os gregos viviam obcecados pelo contraste entre o real e o irreal, o visível e o invisível, o temporal e o eterno. A idéia grega era que em alguma parte existe um mundo real do qual este mundo é só uma cópia imperfeita, pobre e velada. Platão pensava que em alguma parte existia um mundo de formas, idéias ou modelos perfeitos, dos quais cada coisa deste mundo é só uma cópia imperfeita. Para mencionar um simples exemplo, em alguma parte se conserva o modelo, a idéia ou a forma de uma cadeira perfeita da qual todas as cadeiras deste mundo são cópias inadequadas.
Dizia Platão: "O Criador do mundo desenhou e levou a cabo sua obra de acordo com um modelo imutável e eterno do qual o mundo é apenas uma cópia." Filo, que extraiu suas idéias de Platão expressava: "Deus sabia a princípio que nunca se poderia obter uma copia bonita, a não ser a partir de um belo modelo; que nenhum dos objetos perceptíveis pelos sentidos podia ser sem mancha se não estava modelado de acordo com um arquétipo e a uma idéia espiritual. Portanto, quando dispôs criar este mundo visível formou de antemão um mundo ideal para constituir o corporal de acordo com o modelo imaterial e semelhante a Deus."
Quando Cícero falava das leis que os homens conhecem e usam sobre a Terra dizia: "Não possuímos uma lei real e uma justiça genuína que sejam naturais; tudo o que desfrutamos é uma sombra e um esboço."
Todos os pensadores do mundo antigo opinavam que em alguma parte existia um mundo real do qual este mundo é só uma espécie de pálida sombra, uma cópia imperfeita. Aqui só podemos conjeturar e andar tateando; só podemos trabalhar com sombras e cópias imperfeitas. Mas no mundo invisível estão as coisas reais, perfeitas, o mundo tal como foi concebido por Deus. À morte do Newman foi-lhe erigida uma estátua em cujo pedestal se podiam ler as palavras latinas: Ab umbris et imaginibus ad veritatem. "Das sombras e aparências rumo à verdade." Se isto é assim então a tarefa importante desta vida consistirá em sair das sombras e imperfeições para alcançar a realidade. Isto é exatamente o que o autor de Hebreus anuncia: Jesus Cristo pode nos capacitar para obtê-lo. O autor de Hebreus podia ter dito aos pensadores gregos: "Durante toda a sua vida vocês buscaram a realidade e tentaram sair das trevas para chegar à verdade. Isto é justamente o que Jesus Cristo pode lhes capacitar a fazer".

II. O contexto cultural hebreu

O autor de Hebreus tem também um pano de fundo judeu. Para o judeu sempre era perigoso aproximar-se muito de Deus. Disse Deus a Moisés: “Porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êxodo 33:20). Jacó exclamou assombrado em Peniel: “Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva” (Gênesis 32:30). Quando Manoá se precaveu de quem tinha sido seu visitante disse aterrorizado a sua mulher: “Certamente, morreremos, porque vimos a Deus” (Juízes 13:22).
O dia da expiação constituía a grande data do culto judeu. Era o único dia do ano em que o sumo sacerdote entrava no santíssimo lugar onde se considerava que habitava a própria presença de Deus. Ninguém jamais entrava ali a não ser o sumo sacerdote e este somente neste dia. Ao realizar este ato a Lei pedia que não se demorasse muito no lugar santo "para que Israel não se aterrorizasse". Era perigoso entrar na presença de Deus; atrasar-se muito podia significar a morte (Cf Lc 1.1-10, 21).
Dentro deste contexto surgiu no pensamento judeu a idéia de uma aliança. A aliança significava que Deus em sua graça e por iniciativa própria — de uma maneira absolutamente imerecida — se aproximava do povo de Israel e lhe oferecia uma relação especial consigo. De uma maneira única eles seriam seu povo e ele seria seu Deus; era o modo de ter um acesso especial a Deus. Mas este acesso estava condicionado à observância da Lei que Deus lhes tinha dado.
Vemos como se cercou esta relação e aceitou-se a Lei na cena dramática de Êxodo 24 3-8. Assim, pois, Israel tinha acesso a Deus, mas só se observasse a Lei. Quebrar a Lei era pecado; o pecado interrompia o acesso a Deus e colocava perante Ele uma barreira. Para se derrubar esta barreira construiu-se todo o sistema do sacerdócio levítico e dos sacrifícios. A Lei tinha sido dada; o homem pecava; surgiam barreiras; se fazia o sacrifício destinado a restabelecer as relações rompidas, recuperar o acesso perdido e abrir de novo o caminho a Deus. Mas segundo toda a experiência da vida dos judeus, foi que o autor de Hebreus demonstrou que era precisamente isso que o sacrifício não podia conseguir. Era preciso repetir uma e outra vez os sacrifícios; os mesmos sacerdotes eram pecadores e deviam oferecer em primeiro lugar sacrifícios por seus próprios pecados; nenhum sacrifício de animal é capaz de tirar efetivamente a culpa do pecado. Portanto, A prova da ineficácia de todo este sistema estava em que os sacrifícios se deviam continuar ininterruptamente. O sacrifício era uma batalha perdida e ineficaz para remover a barreira que o pecado tinha colocado entre o homem e Deus.

O sacerdote perfeito e o sacrifício perfeito


O que os homens precisavam era de um sacerdote perfeito e de um sacrifício perfeito; alguém que pudesse oferecer um sacrifício que de uma vez para sempre abrisse o acesso a Deus. Isto é exatamente o que, no dizer de Hebreus, fez Cristo. Ele é o sacerdote perfeito porque é ao mesmo tempo homem perfeito e perfeito Deus. Em sua humanidade pode levar o homem a Deus e em sua divindade pode trazer Deus ao homem. Ele não tem pecado. O sacrifício perfeito que Ele oferece é o de si mesmo: um sacrifício tão perfeito que não precisa ser repetido jamais. Aos judeus o escritor de Hebreus dizia: "Durante toda a sua vida vocês estiveram buscando o sacerdóte perfeito que pudesse oferecer um sacrifício perfeito para recuperar o acesso a Deus e anular as barreiras para poderem viver para sempre na devida relação com Deus. Isto é o que têm em Jesus Cristo e só nele."

RESUMINDO

Aos gregos o autor de Hebreus dizia: "Vocês andam buscando o caminho para sair das sombras para a realidade; vocês o encontrarão em Jesus Cristo."

Aos judeus o autor dizia: "Vocês andam buscando o sacrifício perfeito que lhes abra o caminho a Deus fechado por seus pecados; vocês o encontrarão em Jesus Cristo."

Para o autor de Hebreus, Jesus era a única pessoa na Terra que dava acesso à realidade e a Deus. Este é o pensamento-chave de toda a Carta.

I. Conhecer melhor a carta aos Hebreus

A. Porque a carta foi escrita?
I. Para encorajar crentes a permanecer firmes na fé, apesar das adversidades.
II. Para incentivar a perseverança durante as provações.
III. Para apresentar Jesus como superior Profeta, Sacerdote e Rei.

B. Qual a data em que esta carta foi escrita?
Provavelmente foi escrita entre 65 -70 d.C.

C. Quem é o autor desta carta?
O autor é desconhecido, mas com certeza foi inspirado por Deus.

D. Quem eram os leitores desta carta?
Crentes judaicos com profundo conhecimento das Escrituras do AT.

E. Qual é a mensagem da carta?
“O escritor de Hebreus pretende demostrar que o cristianismo é o verdadeiro sucessor do judaísmo. Ele centra seu enfoque em três tópicos...”
I. A superioridade de Jesus aos profetas e anjos (Hb 1.1-2, 18);
II. A superioridade de Jesus a Moisés e Josué (Hb 3.1-4, 13);
III. A superioridade da fé cristã (Hb 11.1-13, 25).(RADMACHER; ALLEN E HOUSE 2010, P 636)


“Segundo o escritor de Hebreus, tudo isso aponta para a supremacia e suficiência de Cristo. {Para ele} A verdadeira espiritualidade é alcançada pelo acesso a Deus (Hb 7.19; 10. 19-22); e essa espiritualidade somente pode ser encontrada mediante o Filho de Deus, Jesus Cristo. {Assim} O livro estabelece a supremacia de Cristo sobre tudo (Hb 1.1-4; 9.11-14). {Pois}, Seu sacrifício foi suficiente para tirar todos os nossos pecados; {Portanto} Ele é tudo de que precisamos para chegarmos a Deus” (RADMACHER; ALLEN E HOUSE 2010, P 636)

Cronologia para o Livro de Hebreus
 Ano 50 d. C – Concílio de Jerusalém (At 15. 1-29)
 Ano 51 d. C – Barnabé e João Marcos, Paulo e Silas partem em viagem missionária (At 15.36-41)
 Ano 53 d. C – Apolo prega em Éfeso e Corinto (At 18.24; 19.1)
 Ano 60 - 62 d. C – Paulo é preso em Roma (At 28. 16.30)
 Ano 64 d. C – Perseguição de Nero ao cristianismo
 Ano 67 d. C – Pedro e Paulo são executados
 Ano 70 d. C – O templo em Jerusalém é destruído
(RADMACHER; ALLEN E HOUSE 2010, P 637)

Tema: A Supremacia de Cristo:
Sub-Tema: Cristo é Superior aos Profetas Hb 1.1, 2

Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

A. Deus falou e continua falando (Hb 1.1)

1. Como Deus falou ontem (Hb 1.1)

Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas...

A expressão muitas vezes se refere a períodos da história do Antigo Testamento, e muitas maneiras se refere aos diferentes métodos que Deus usou para se comunicar, entre os quais {estão} visitações, sonhos, sinais, parábolas e acontecimentos. (RADMACHER; ALLEN E HOUSE 2010, P 637).
“O autor prefere começar comparando Jesus com os profetas, porque sempre se creu que estes estavam no segredo de Deus. Muito tempo antes Amós havia dito: “O SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). Filo diz que "os profetas são intérpretes do Deus que os usa como instrumentos para revelar aos homens o que quer." [...] {No entanto}, Deus não poderia revelar mais do que os homens pudessem entender. Porque a revelação de Deus vem através de mentes e corações humanos. E isso é exatamente o que via o autor de Hebreus. Diz que a revelação de Deus, a verdade, veio muitas vezes (polymeros) e de muitas maneiras (polytropos). Notemos dois pensamentos.
(1) A revelação dos profetas tinha uma variedade tão grande que fazia dela algo tremendo. Em cada época em que agiam adaptavam a mensagem às circunstâncias, fazendo ressaltar aquela faceta da verdade que resultava essencial para os homens aos quais falavam. Nunca se tratava de algo estático, passado de moda; algo carente de relação ou incompreensível; sempre era algo adequado às necessidades de cada época.
(2) Ao mesmo tempo, essa revelação era fragmentária e devia apresentar-se em forma tal que pudesse ser entendida apesar das limitações da época. [...] Uma das coisas mais interessantes é ver como várias vezes os profetas se caracterizam por uma idéia determinada. Por exemplo, Amós é "um clamor pela justiça social". Isaías retratava a “santidade de Deus”. Oséias, [...] descobriu a maravilha do “amor do Deus que perdoa”. Portanto, Cada profeta, a partir de sua própria experiência de vida, e da experiência de Israel, captava e expressava um fragmento, uma parte da verdade de Deus. Portanto, fica claro que Nenhum profeta tinha captado todo o círculo completo da verdade...”

2. Como Deus fala hoje (Hb 1.2)

...nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

Pelo filho. Essa expressão poderia ser traduzida por uma pessoa tal como um Filho. A ênfase aqui se dá no caráter da revelação. É uma revelação do Filho, nem tanto sobre o que ele disse, mas sobre o que Ele é e o que fez.
Jesus não era uma parte da verdade; era a verdade inteira; não era uma revelação fragmentária de Deus, mas sim sua revelação completa. NEle Deus não mostrava alguma faceta de sua verdade; revelava-se Ele próprio plenamente aos homens. Além disso, os profetas tinham usado vários métodos [...] humanos para transmitir uma parte da verdade de Deus. Porém, isto era diferente no caso de Jesus. Jesus revelou a Deus sendo Ele mesmo Deus. [...] A revelação dos profetas foi grande e múltipla, mas fragmentária e oferecida através de métodos que podiam achar para fazê-la efetiva; mas a revelação de Deus em Jesus era completa e estava apresentada em Jesus mesmo. Em outras palavras, os profetas eram os amigos de Deus, mas Jesus era o Filho; os profetas captaram parte da mente de Deus, mas Jesus era a própria mente de Deus. Note-se que o autor de Hebreus não pretende diminuir os profetas; seu propósito era deixar bem assentada a supremacia de Jesus Cristo. Não diz que há uma ruptura entre a revelação do Antigo Testamento e a do Novo; dá ênfase ao fato de que há continuidade: uma continuidade que termina na consumação.

III. Por que Jesus é superior aos profetas? (Hb 1.2-3)
Neste texto vemos sete fatos acerca de Jesus

1. Deus O constituiu herdeiro de todas as coisas v.2

Herdeiro de tudo. Jesus é o herdeiro de todas as coisas, pois é o próprio eterno Filho de Deus (Is 9. 6, 7; Mq 5.2). Sua herança é o domínio universal. Há de reinar sobre todos e tudo (Rm 4. 13; Ap 11.15).
A supremacia de Cristo será revelada na consumação do século. Porque “...nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.” (Cl 1.16). Cristo é o primogênito de Deus (v.6), o herdeiro preeminente, cujos inimigos serão postos por estrado dos seus pés (v. 13).

Aplicação: Como filhos de Deus, adotados por intermédio de Jesus, nós também somos herdeiros junto com Cristo, pois, o verso 14 deste capítulo declara que “os anjos são espíritos ministradores enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação”, e no capítulo 6. 12, 17 o autor relata que nós não devemos nos tornar indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdaram as promessas. Porque o próprio Deus quando quis mostrar firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito jurou por si mesmo por não ter nada maior pelo que jurar. Portanto, “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque nós somos filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não somos escravos, porém filhos; e, sendo filhos, somos também herdeiros por Deus” (Gl 4. 4-7).
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebemos o espírito de escravidão, para vivermos, outra vez, atemorizados, mas recebemos o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8. 14-19)

2. Foi através do Filho que Deus fez o universo v.2

Fez também o universo, ou mundo. A palavra grega para mundo pode significar também séculos. Assim, mundo indica aqui tanto o universo criado quanto o tempo todo ao longo de todas as épocas. O Filho é o Senhor de toda a história com Mediador junto ao Pai.

 A criação é uma doutrina importante da Bíblia. É a primeira coisa declarada (Gn 1.1) e uma das últimas que foram ressaltadas (Ap 4.11; 10.6; 21.5; 22.13). Na Bíblia, há centenas de referências à Criação e ao Criador, cobrindo a Vasta maioria dos livros de Gênesis ao Apocalipse. A criação física não só inclui os objetos inanimados, mas também todos os seres vivos.
 Base Bíblica para a Criação: A palavra criar (bara) é usada com relação a três grandes acontecimentos em Gênesis: (1) A Criação da Matéria (Gn 1.1), (2) a criação dos seres vivos (Gn 1.21),e (3) A Criação dos seres humanos (Gn 1.27).
A criação da Matéria (O Universo): “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). Com estas palavras majestosas, as escrituras começam a descrever a origem de todas as coisas, e a criação é a fundação de tudo o mais que vem a seguir. Esta grande declaração do ato divino inicial é exclusivamente monoteísta. Esta é a referência à criação a partir do nada (ex nihilo)...
A Origem da Matéria: “Deus é espírito” (Jo 4.24). Como tal, Ele é o Deus “invisível” (1 Tm 1.17). Na verdade, “Deus nunca foi visto por alguém” (Jo 1.18). Deus é invisível e imaterial (1 Tm 6.16), e, como Espírito, Ele não tem “carne nem ossos” (Lc 24.39). Ele é incorpóreo e puramente espiritual. Porém o universo que Deus criou é visível e material (Hb 11.3; este universo pode ser visto e controlado, sendo físico e tangível. Pois, ele tem espaço (qualidade espacial) e tempo (qualidade temporal); ele possui “aqui” e “agora”. Além disso, tem matéria que esta estendida por todo o espaço e o tempo. Tem “partes” ou partículas com espaços entre elas.

A ciência moderna descreve o “material a matéria do universo em termos de átomos de energia física com partículas e cargas constituintes. Conforme experimentam os seres humanos, a matéria é sensível, tangível e visível. É o lado duro e objetivo que inclui o nosso ambiente. Está lá; temos de controlá-la de modo próprio ou então nos chocaremos contra ela, a terra é tangível, como são as estrelas e os planetas. Portanto, confirma a revelação de Deus. E tudo isso foi criado por Cristo “no princípio”. E “todas as coisas foram feitas por Ele” (Jo 1.3). Por intermédio de Jesus, Deus criou “todas as coisas [...] visíveis e invisíveis” (Cl 1.16). Ele criou “os céus e a terra”. A criação que Ele fez inclui a “Terra”, os “Mares” (Gn 1.10) e todas as plantas e animais (Gn 1.6-26). Também inclui o ser humano que foi feito do pó da terra (Gn 2.7) (GEILER, 2010. P 933-934).

3. O Filho é o resplendor da glória de Deus v.3

O Filho é o resplendor da sua glória de Deus. Isso significa ser o Seu brilho emanado da glória essencial de Deus (Jo 1.14; 2 Co 4.4, 6). O autor de Hebreus enfatiza que esse brilho não é refletido, como da luz da lua, mas sim um brilho inerente, como dos raios do sol. O brilho glorioso de Jesus se deve ao fato de ser ele Essencialmente divino.

Aplicação: A Jesus pertence a glória original de Deus; é seu resplendor. Este é um pensamento sublime. Jesus é a glória de Deus. Vemos, pois, com clareza meridiana que a glória de Deus não consiste em esmagar os homens e tiranizá-los, reduzindo-os a uma servidão abjeta, mas em servir aos homens, amá-los e, finalmente, morrer por eles. A glória de Deus não é a glória do poder destruidor, mas sim a do amor que sofre.

4. O Filho é a expressão exata do ser de Deus v.3

A expressão exata do ser de Deu: esta locução expressa imagem e ela ocorre somente nesta passagem do Novo Testamento. Ela significa representação exata ou natureza exata.
O autor considera Jesus o carakter da mesma essência divina, de sua substância, de seu ser. Agora, em grego carakter tem duas acepções; significa primeiro um selo e segundo, a marca ou impressão que o selo deixa na cera. A impressão tem a forma do selo e reproduz exatamente e em detalhe sau forma. Quando o autor de Hebreus diz que Jesus é o carakter do ser de Deus quer afirmar que em Jesus encontra-se a imagem mesma e expressão exata de Deus. Assim como na impressão vê-se como é o selo que a fez, assim também em Jesus vê-se exatamente como Deus é.
O Filho é a representação exata de Deus porque é o próprio Deus (Cl 1.15). Pois, ele possui a mesma natureza de Deus. Por isso, pôde afirmar com convicção: “quem me vê a mim, vê o Pai (Jo 14.9.)

5. O Filho sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder v.3

Sustentando significa suportando ou carregando. Esta frase denota que Jesus está conduzindo todas as coisas de modo a cumprir a vontade do Pai. Significa que Ele está conduzindo tudo para o grande e terrível dia do Senhor, que será o dia do Julgamento. Porém, temos que compreender que Jesus não é apenas o criador do universo, Ele também governa o universo, pois, as leis da natureza estão sob o Seu comando. No entanto, o autor deixa claro que todas as coisas que hoje existem são sustentada pela palavra poderosa do Senhor Jesus.

6. O Filho fez a purificação dos pecados v.3

A Jesus pertencia a obra redentora. Ele levou a cabo a necessária purificação do pecado dos homens. Com seu sacrifício pagou o preço e com sua presença contínua liberta do pecado. Pois, Purificar significa limpar. Isto quer dizer que a glória da redenção é muito maior do que a glória da criação: o filho de Deus não veio para nos ofuscar com Seu esplendor, mas para nos purificar dos nossos pecados.

7. O Filho está assentado à direita da Majestade nas alturas v.3

De Jesus é a exaltação mediadora. Está sentado ao lado de Deus, à direita da glória de Deus; mas o tremendo pensamento do autor de Hebreus é que Jesus não está ali para ser o juiz, senão para interceder por nós; a fim de que quando nos apresentarmos perante Deus, não ouçamos a acusação da justiça divina, mas sim o amor de Deus interceder por nós.

Aplicação: Você conhece alguém maior do que esse Jesus Cristo que nós cremos e pregamos?
Você conhece alguém do tamanho Desse que Jesus que acabamos de retratar? Ele possui essas características?

Conclusão

Deixemos que F.F. Bruce conclua esta mensagem: “Portanto, a grandeza do Filho de Deus recebe sete confirmações e parece que Ele possui em si mesmo todas as qualidades para ser o mediador entre Deus e os homens. É o Profeta através do qual Deus tem falado Sua palavra final aos homens; é o Sacerdote que tem levado a cabo uma tarefa perfeita de purificação dos pecados de seu povo; é o Rei que se assenta entronizado no lugar de honra principal, ao lado da Majestade, nas alturas” (La Epístola a los Hebreos, Buenos Aires: Nueva Creacion, p.8).

ESTUDO SINTÉTICO NA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES.

CONTEXTO HISTÓRICO

Ocasião em que foi escrita.

A igreja em Tessalônica era fruto da segunda viagem missionária de Paulo (Atos 17:1-9). Milagrosamente libertado da cadeia de Filipos, Paulo e seus companheiros, Silas e Timóteo, seguiram lentamente para o sul e então para o oeste ao longo da grande estrada romana até Tessalônica, centro comercial e capital da Macedônia. Ali, apesar da oposição pertinaz, organizaram a segunda igreja européia. Importunado pelos judeus em Tessalônica e Beréia (Atos 17:10-15), Paulo fugiu para Atenas, onde a preocupação com o bem-estar espiritual dos crentes de Tessalônica, instigaram-no, com algum sacrifício pessoal, a enviar Timóteo para sustentar a igreja nas ondas de perseguição (I Ts. 3:1-3). Timóteo juntou-se novamente a Paulo em Corinto com a boa notícia de que a semente do Evangelho caíra em boa terra. Então Paulo escreveu I Tessalonicenses para elogiar seus fiéis irmãos pela sua inabalável dedicação a Cristo e de uns para com os outros e para encorajá-los a progredirem mais no amor e na santidade. (Moody P. 1).

Data e Lugar.

Graças à inclinação de Lucas pelos detalhes históricos, as datas destas cartas podem ser fixadas com razoável certeza. A referência que Lucas faz a Gálio, procônsul da Acaia, em relação à viagem de Paulo a Corinto (Atos 18:12), foi esclarecida pela descoberta em Delfos de uma inscrição que data do proconsulado de Gálio dentro do reino do imperador Cláudio. A inscrição parece indicar que Gálio tomou posse do seu posto no verão de 51 A.D. Uma vez que Lucas parece sugerir que Paulo ficou em Corinto cerca de dezoito meses antes de Gálio subir ao poder (Atos 18:11), o apóstolo provavelmente chegou em Corinto no começo do ano 50 A.D. Não muito tempo depois disso, Silas e Timóteo voltaram da Macedônia com a notícia que Paulo menciona escrevendo I Tessalonicenses (Atos 18:5; I Ts. 3:1-6), provavelmente em meados do ano 50 A.D... (Moody P. 1).


Pensamento-chave do livro
1 Ts. 1.9 Abandonando os ídolos para servir ao Deus verdadeiro.

ESBOÇO DO LIVRO

1. Saudações (1.1)
2. Como o Evangelho Chegou aos tessalonicenses (1.2 - 2.12)
A. Os motivos da oração de Paulo pelos tessalonicenses (1.2-5)
B. Paulo relembra sobre seu proceder entre os tessalonicenses (1.5-6)
C. Os tessalonicenses imitam a Paulo e o Senhor Jesus (1.6-7)
D. A repercussão da fé dos tessalonicenses (1.8-10)

3. Os tessalonicenses recebem a palavra de Deus e tornam-se exemplos (2.13-16)
A. Os tessalonicenses recebem a pregação de Paulo como palavra de Deus (2.13)
B. A perseguição por causa da palavra de Deus (2.13-16)

4. Os resultados do Evangelho em meio tessalonicenses (2.17 - 3.13)
A. O desejo de Paulo de rever os tessalonicenses (2.17-20)
B. A preocupação de Paulo em relação à fé dos tessalonicenses (3.1-5)
C. Timóteo traz boas notícias a Paulo em relação à fé dos tessalonicenses (3.6-9)
D. A oração de Paulo (3.11-13)

5. Orientações de como os tessalonicenses deveriam viver para agradar a Deus (4.1-12)
A. Exortações para a santificação dos tessalonicenses (4.1-6)
B. Orientações para serem diligentes na fé (4.6-12)

6. Orientações sobre a volta de Cristo (4.13 – 5.11)
A. Explicações sobre a morte de Cristo e a ressurreição dos santos (4.13-15)
B. Como se dará a volta do Senhor e a ordem dos acontecimentos (4.15-18)
C. A destruição virá repentinamente (5.1-3)
D. Os cristãos não serão pegos de surpresa, pois, devem vigiar e orar (5.4-6)
E. O destino dos filhos da luz e dos filhos das trevas (5.7-11)

7. Orientações finais e saudação (5.12-28)
A. Consideração para com os líderes (5.12-13)
B. Várias exortações sobre o viver diário (5.14-22)
C. Saudação apostólica (5.23-24)
D. Saudações finais (5.25-28)

ESTUDO SINTÉTICO NA CARTA DE 1ª TESSALONICENSES.
Pensamento-chave do livro
1 Ts. 1.9 Abandonando os ídolos para servir ao Deus verdadeiro.

CAPÍTULO UM.

Paulo, Silvano e Timóteo são os escritores desta carta (v. 1)
Os autores iniciam esta carta, declarando aos tessalonicenses que, eles sempre dão graças a Deus pelas recordações que têm dos mesmos, tais como: Operosidade da fé, do amor abnegado e da firme esperança em Cristo Jesus, e assim reconhecendo que eles foram eleitos por Deus (v. 2-4)

1.5-10 Paulo, Silvano e Timóteo iniciam esta seção, relatando como o evangelho chegou aos tessalonicenses através deles:

I. Não somente em palavras.
II. Mas, sobretudo em poder.
III. No Espírito Santo.
IV. E em plena convicção v.5

Por causa disto, eles obtiveram resultados entre os tessalonicenses, pois eles tendo recebido a palavra do Senhor em meio “a muita tribulação e com alegria do Espírito Santo” (v. 6), tornaram-se imitadores deles (Paulo, Silvano e Timóteo), e do Senhor Jesus (v. 6), e a fé deles, repercutiu pela Macedônia e Acaia e também por toda parte; pois, “deixando os ídolos, converteram-se a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Aguardando assim a volta do Senhor Jesus. (vv 5-10).

CAPÍTULO DOIS

Os autores reconhecem que a estada deles entre os tessalonicenses não foi infrutífera, pois ele mesmo depois de ter sido maltratado e ultrajado em Filipos, não teve receio de pregar o evangelho em Tessalônica. (vv. 1-2)

2. 3-6 Nestes versículos, Paulo relembra o procedimento deles entre os tessalonicenses, pois:

I. Sua exortação não era enganosa;
II. Nem impura;
III. Nem se baseava em dolo (v. 3);
IV. Não usava de linguagem de bajulação;
V. Nem de intuitos gananciosos (v. 5);
VI. Não buscava a glória de homens;
VII. Nem deles (os tessalonicenses);
VIII. Nem de outros (v. 6);
IX. Porque eles eram aprovados por Deus;
X. Que lhes confiou o evangelho;
XI. Para falar de modo a agradar a Deus e não aos homens (v. 4).

2. 7-12. Neste ponto, Paulo retrata o amor que sentia pelos tessalonicenses, pois ele diz que estava pronto não só para lhes oferecer o evangelho de Deus, mais a sua própria vida, visto que eles se tornaram como filhos para Paulo; para exemplificar isto, Paulo faz uso das figuras de linguagem, a materna e a paterna.

2. 13-16. Paulo elogia a fé dos tessalonicenses e faz severas críticas aos judeus, pois, estes estavam impedindo que ele levasse o evangelho aos gentios, enquanto que aqueles suportavam as perseguições levantadas pelos seus compatriotas. (v. 14)

2. 17-20. Aqui Paulo relata a vontade de rever os tessalonicenses, pois por duas vezes quis ir vê-los, mais foi impedido por satanás (v.9). Paulo deixa bem claro que o motivo de tal perseguição maligna era porque para ele, os Tessalonicenses eram sua alegria e sua glória perante o Senhor Jesus.

CAPÍTULO TRÊS

3.1-5. Paulo, não podendo suportar a sua curiosidade e sua ansiedade em relação aos tessalonicenses, enviou Timóteo para saber como eles estavam suportando as tribulações e perseguições e assim, verificar se por causa das mesmas os tessalonicenses haviam abandonado a fé.

3. 6-10. Agora sabedor da situação e que os tessalonicenses se mantinham firmes na fé, e que eles tinham gratas lembranças de Paulo e desejavam vê-lo, ficou consolado a respeito deles, apesar das tribulações que ele passava, dava sempre graças a Deus por causa dos tessalonicenses, por causa da alegria que sentia em relação a ele, orando com máximo empenho para que pudesse vê-los pessoalmente.

3.11-13. Aqui vemos a oração de Paulo para que Deus guie o seu caminho até eles; e também pelos tessalonicenses, para que Deus os faça crescer e aumente o seu amor de uns para com os outros; e para que o coração deles seja confirmado em santidade para permanecerem isentos de culpa na presença de Deus.

CAPÍTULO QUATRO

4.1-8. Paulo conclama aos tessalonicenses a continuarem a viver de modo digno e irrepreensível para agradar a Deus; Pois a vontade de Deus é que:

I. Sejam Santos;
II. Abstendo-se da prostituição;
III. Que possuam seu corpo em santificação e;
IV. Em honra;
V. Sem desejo de lascívia.

Porque este modo de viver pertence aos gentios que não conhecem a Deus. Paulo também os orienta que em relação a este assunto, ninguém deve ofender ou defraudar ao seu irmão, de modo que Deus não vos sobrevenha como vingador, pois Deus não os chamou para serem impuros e sim santos. Porque ao rejeitar estes preceitos, eles estariam rejeitando o próprio Deus.

4.9-12. Neste parágrafo, Paulo fala que os tessalonicenses não necessitam de orientação quanto ao amor fraternal, pois eles têm praticado este amor para com os da Macedônia. Também, dá-lhes algumas orientações para: Que vivam tranquilamente, cuidando do que lhes pertence, trabalhando com suas próprias mãos, portando-se com dignidade para com os de fora, para que nada venha à lhes faltar.

4.13-18. Deste ponto em diante, Paulo passa a consolar os tessalonicenses, em relação à vinda do Senhor Jesus, relatando o que vai acontecer aos que já morreram e também aos que estão vivos, por isso diz:

I. Assim como Jesus ressuscitou;
II. Deus trará em sua companhia os que dormem (os mortos);
III. Pois os vivos, não iram preceder aos mortos na volta do Senhor;
IV. Eles (os mortos) precederão aos vivos, pois ressuscitarão primeiro;
V. Só depois os vivos irão se encontrar com o Senhor nos ares;
VI. Para viverem para sempre com Jesus.

Estas palavras devem servir de conforto para todos os irmãos, pois esta devia ser a esperança dos tessalonicenses.

CAPÍTULO CINCO

5.1-3. Continuando com o mesmo assunto do capítulo anterior, Paulo orienta aos tessalonicenses de que eles não devem andar preocupados em relação ao tempo da volta do Senhor, pois eles já estavam orientados de que o Senhor viria de surpresa, e para ilustrar a volta do Senhor, Paulo faz uso da figura de uma mulher que está para dar a luz, pois as dores do parto lhes são inevitáveis, e estas dores viram sobre os gentios.

5.4-11. A partir deste momento faz-se uma comparação entre os tessalonicenses e os filhos das trevas e mostra-lhes o porque deles não serem apanhados de surpresa:

Quadro comparativo entre os...

Tessalonicenses
v.4 Não estão em trevas
v.4 Não serão apanhados de surpresa
v.5 São filhos da luz e do dia
v.6 Vigiam e são sóbrios
v.7 Não se embriagam e não dormem
v.8 São do dia
v.8 São sóbrios
v.8 Revestem-se da couraça da justiça
v.8 Revestem-se da couraça da fé
v.8 Revestem-se da couraça do amor
v.9 Não estão destinados à ira de Deus
v.9 Alcançarão a salvação em Cristo Jesus
v.10 Mesmo dormindo ou vigiando estão unidos a Cristo
v.11 Consolam uns aos outros
v.11 Edificam uns aos outros

Filhos das trevas
v.4 Estão em trevas
v.4 Serão surpreendidos
v.5 São filhos das trevas e da noite
v.6 Não são vigilantes e são ébrios
v.7 Estão embriagados e dormindo
v.8 São da noite
v.8 São ébrios
v.8 Revestem-se da couraça da injustiça
v.8 Revestem-se da couraça da incredulidade
v.8 Revestem-se da couraça de indiferença
v.9 Estão destinados à ira de Deus
v.9 Serão condenados por Cristo Jesus
v.10 Estão separados de Cristo
v.11 Traem uns aos outros.
v.11 Destroem uns aos outros

5.12-28. Orientações finais.

Paulo trás suas últimas orientações aos tessalonicenses em forma de rogo e exortação. Portanto, roga que: acateis com apresso os que trabalham e presidem entre eles, admoesta para que tenham máxima consideração, por causa do seu trabalho e para que vivam em paz uns com os outros. Paulo também trás algumas palavras de exortação são elas:

I. Admoestar os insubmissos;
II. Consolar os desanimados;
III. Amparar os fracos;
IV. Serem longânimos para com todos (v.14);
V. Evitar que alguém retribua a outrem mal por mal;
VI. Seguir sempre o bem entre eles e com todos (v.15);
VII. Regozijar-se sempre (v.16);
VIII. Orar sem Cessar (v.17);
IX. Em tudo dar Graças (v.18);
X. Não apagar o Espírito (v. 19);
XI. Não desprezar as profecias (v.20);
XII. Julgar todas as coisa e reter o que é bom (v.21);
XIII. Abster-se de toda forma de mal (v.22)
XIV.Pois, esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para com todos (v.18)

Tudo isso para que o Deus da paz os santificasse em tudo, conservando-os íntegros e irrepreensíveis para a vinda de Cristo, pois Deus é fiel para mantê-los desta forma.
Encerra-se a carta com o pedido de oração por eles (Paulo, Silvano e Timóteo), saudando a todos os irmãos com ósculo santo e advertindo que a carta seja lida a todos os irmãos; desejando que a graça de Jesus esteja com todos.